Campanha ocorreu na manhã deste sábado.
Esta semana completou dois meses da tragédia de Realengo.
O massacre de jovens da Escola Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, baleados por um ex-aluno, foi lembrado com uma campanha de desarmamento voltada só para as crianças neste sábado (11). Elas foram convidadas a trocar armas de brinquedos.
Esta semana completou dois meses da tragédia de Realengo que terminou com 12 alunos mortos e outros 12 feridos. Apenas uma estudante de 13 anos, vítima do atirador da escola continua internada. A previsão é que ela receba alta na próxima segunda-feira (13).
A menina Karina entregou uma arma de brinquedo, que imediatamente foi destruída. Em troca, ela ganhou um jogo. Mesmo com as aulas acontecendo normalmente, o colégio está todo em obras, será ampliado e modernizado.
Segundo o diretor do colégio, Luis Marduk, a perspectiva é ter um espaço melhor equipado. "Estamos num esforço conjunto de uma construção de uma confiança, de uma escola melhor. Um serviço melhor e que a gente consiga que pessoas melhores saiam dessa escola", disse ele.
A ideia era proporcionar uma manhã alegre para as crianças da escola Tasso da Silveira e de toda a região de Realengo. Por isso, houve música, brincadeiras e atividades esportivas. A coordenadora do Viva Rio, Cibele Dias, disse que o objetivo do Dia Feliz é ir em algum lugar que esteja precisando de alegria.
"A gente acha que aqui teve muita tristeza e a gente quer mostrar que tristeza não tem lugar em lugar nenhum. A tristeza tem que ir embora", falou Cibele.
As crianças receberam também orientações sobre como cuidar da saúde. Tiveram oficina de música e ganharam de graça um trato no visual. Uma injeção de autoestima e ânimo.
"Eu quero brincar, me alegrar com meus amigos. Viver outra vida agora, uma vida de princesa", disse uma adolescente que participou do evento.
A Campanha Nacional de Desarmamento de 2011, lançada um mês depois da tragédia de Realengo, já recolheu cerca de cinco mil armas no país inteiro. Quem entrega as armas tem direito a uma indenização que varia entre R$ 100 e R$ 300, dependendo do calibre. Até agora foram pagos pouco mais de R$ 50 mil em indenizações. A campanha vai até o dia 31 de dezembro.
O Viva Rio montou um posto para receber e destruir o armamento que a população entregar voluntariamente.
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